Olhar Lordelo
Muitas das atividades produzidas pelo NDMALO- GE, contou com a colaboração de muitos dos nossos amigos, maioritariamente lordelenses, mas não só, felizmente.
Sem uma ativa militância na associação, comungavam e comungam de muitos dos nossas ideias, dessa vontade de procurar uma sociedade justa e equilibrada, no respeito pelas suas tradições, pela sua vivência cultural, sem destruição do seu habitat.
Este nosso olhar focado em Lordelo, é um exemplo dessa colaboração, na realização, na escrita, na composição gráfica, desta força sensível e empática das amizades de uma vida.
A todos eles o nosso obrigado por nos ajudarem a concretizar desejos.
Pais Moreira – Fundição
Um exemplo (atualmente desaparecido) do que restava da arqueologia industrial da Freguesia de Lordelo, nos últimos 60 anos foi desaparecendo, sendo substituída por construção de habitação.
As pequenas fundições viveram durante anos da industrial naval, dos estaleiros, que existiram na zona do Ouro. A sua experiencia e qualidade levou-as a outras zonas do país.
A Pais Moreira foi a última de um grupo de três pequenas oficinas, que existiam geminadas (ver fotos, em Geografia Urbana) na rua de Serralves, produzindo por métodos algo artesanais.
Um dos jornais O Padrão noticia uma extensa reportagem sobre a Pais Moreira.
Salvemos os Rios do Porto
(Ribeira da Granja)
No princípio foi um sonho. Depois num desejo idílico, alicerçado na necessidade de criar memoria viva de algo que o poder central e autárquico planejavam e concretizavam; esconder, matar os pequenos rios e ribeiras que atravessam a nossa cidade.
A inspiração deste ato foi ver o estado da Ribeira da Granja, aquilo que lhe faziam num montante muito perto. O que estava a acontecer em Lordelo, Pereiro, Paranhos.
A inestimável ajuda dos amigos do Cineclube do Norte (hoje extinto), que seduzimos a entrar nesta aventura, levou-nos a produzir este filme, no qual, hoje, se podem ver áreas desaparecidas da existência da nossa cidade.
Mesmo com uma sonoplastia desadequada aos nossos tempos (o filme tem mais de 30 anos, tendo sido produzido em Super 8) , pelo seu carater histórico vale a pena vê-lo.
Arboricídio na Pasteleira
(Bosque do Fluvial)
Este pequeníssimo documentário é o nosso grito de revolta, aos desejos do poder local em destruir parte deste legado arbóreo, deste manto verde protetor que nos ajuda a viver, respirar e a descansar.
Uma zona que vai de Diogo Botelho, ao Parque da Pasteleira e Pasteleira Sul, que a autarquia quer destruir para construir casas, em nome de uma construção mais económica, como se para tal tudo possa ser feito, mesmo que irracionalmente- na altura da sua produção, ainda não havia a triste lei dos solos de 2025)
Há sempre uma esperança no acordar de consciências.
