Capela de S. Francisco Xavier / Capela S. Francisco de Paula / Capela Quinta dos Frades / Capela da Quinta do Gouveia

Esta capela foi a primeira investida na elaboração de um processo de classificação de interesse público no IPPC (mais tarde IPPAR), tornando-se, também, na nossa primeira batalha perdida.

Pelo facto de conhecermos este monumento e a quinta e casa que o rematavam, por esta nossa ligação de vizinhança afetiva, por este espaço do nosso crescimento que nos serviu de local de brincadeira, de uma forma imatura, mas voluntariosa, o primeiro ato do NDMALO, no tema Patrimonial, foi a tentativa de preservação da Capela de S. Francisco Xavier, também capela da Quinta dos Frades e capela da Quinta do Gouveia. Estes dois últimos nomes, são uma simplificação e adaptação popular aos seus proprietários, sendo que os originais foram religiosos da ordem S. Francisco de Paula – dai, haver autores que designam a capela por Capela S. Francisco de Paula, e os últimos foram os Gouveias.

O nosso animo alimentava-se num parecer emitido pela acessória técnica do IPPC, datado de 1983, que viemos a constatar ser insuficiente. Estando a capela e o antigo edifício em frente a uma fábrica que alguns autores consideram ter sido instalada em edifícios de uma antigo convento.

Mais tarde, em 2007, escavações arqueológicas detetaram a existência de diferentes estruturas, entre elas um reduto militar das guerras liberais, nada surpreende pois a zona da Pasteleira no fundo campos de ligação, foi o local onde o Coronel José Joaquim Pacheco foi atacado pelos Miguelistas.

A qualidade documental apresentada ao IPPC, não foi suficiente para elucidar esse organismo sobre o nosso desejo. A falta de dinheiro não permitiu a organização de um novo e mais completo pedido de classificação.

O tempo passou e a capela foi-se danificando sendo vandalizada e roubada.

Tendo estado referenciada pelo IGESPAR foi o seu processo foi encerrado sem qualquer proteção legal.

A CMP no seu parecer para autorização do processo de construção no local, obrigou a manutenção e recuperação das fachadas do edifício e da capela, valorizando as palavras do chefe da Comissão de Defesa do Património (à época integrado na CMP), em 1985, de que a capela não seria demolida nem alterada….